Hoje vou fazer um post offtopic e não vou falar de crafts, ok? Conforme prometi, vou retomar o assunto bicicleta e desta vez vou contar a experiência que tive com os Bike Anjos. Sim, como se não bastasse um anjo eu tive o privilégio de ter logo dois!  Os anjos são ciclistas experientes que ajudam os novatos a desbravar o trânsito nas grandes cidades. Dão dicas de segurança, mostram rotas alternativas que fogem das vias movimentadas e oferecem aquele apoio moral que você precisa para pedalar sem medo. Tudo que eu, típica ciclista de final de semana, precisava.

Apesar de ter  um carro eu fiz uma escolha pessoal e há mais de seis anos uso o transporte público todos os dias para ir ao trabalho. Afinal, pra que mais um veículo levando uma só pessoa aqui em São Paulo? Na minha rota o transporte público é até ok, nem dá pra reclamar, mas mesmo assim eu tinha vontade de fazer o percurso pedalando. Andar de bicicleta significa pra mim muito mais liberdade e conhecimento da minha cidade. Em tese, tudo lindo, mas na prática eu tinha dúvidas sobre as melhores rotas e um certo medo de  encarar o trânsito. Pedi um anjo para me ajudar eles vieram em dupla!

Meus bikers alados foram a Renata Falzoni, que vocês devem conhecer pelo trabalho na Radio Eldorado e na ESPN, e o JP , que coordena o projeto. Eles marcaram a data e  me enviaram um mapa do Google com sugestão de rotas  tanto para a ida quanto para a volta.  A ideia era evitar as avenidas movimentadas e corredores de ônibus, mesmo que isso significasse um trajeto um pouco mais longo. Tudo super organizado. Aguardei ansiosa o dia da pedalada, uma sexta-feira.

A ida foi muito fácil (descida, hehehe) e divertida, fomos conversando e passando por várias ruas tranquilas dos bairros vizinhos  – as ‘ciclovias invisíveis’,  lugares que só quem anda bike conhece. Em pouco mais de meia hora chegamos ao nosso destino, o bairro de Pinheiros.

Eu achei que chegaria toda suada e descabelada mas nem, estava inteira!  Aliás, meninas que pensam em ir de bike para o trabalho, eu digo que é possível sim, basta um pouco de planejamento. Vejam este video (em inglês), com dicas ótimas para facilitar esta missão.

E olhem só  a foto da minha bike dobradinha no canto da sala. Foi aí que ela ficou esperando até a hora de voltar pra casa. Para quem tem problema de espaço a bike dobrável pode ser uma ótima opção, o tamanho cai pela metade e dá pra deixá-la em qualquer canto do escritório.

Hora de voltar pra casa. O JP foi meu acompanhante e esta etapa da rota foi mais, digamos, desafiadora. Era sexta feira, em plena hora do rush. Pegamos bastante trânsito, alguma subida e muita ……chuva! Mas acho que foi uma boa prova pra mim. Se consegui fazer o percurso mesmo assim, acho que tudo que vier daqui pra frente será fichinha.

No caminho de volta passamos por dentro do Parque do Ibirapuera, quase vazio. A noite e debaixo de chuva o clima do parque era meio ilha de Lost. Fizemos uma pausa na frente do monumento ‘empurra-empurrra’ para clicar as bikes. Depois disso chuva finalmente acalmou. Um pouco mais de subida e cheguei em casa com uma ótima sensação de missão cumprida. Fiquei tão feliz que me deu vontade de ir e voltar de novo hehehe :).

Muito obrigada aos anjos,  JP e Falzoni, vocês foram incriveis. Já me sinto muito mais confiante no pedal e animada para incorporar a bike cada vez mais como meio de transporte no meu dia-a-dia.

O blog do Bike Anjo é este aqui, um projeto novo e genial, que merece muito ser divulgado. Gostaram ? Solicitem um anjo, sejam anjos voluntários ou ajudem a passar esta ideia adiante.