O mais legal do Bike Anjo sempre foi as histórias que chegam até nós de quem quer uma ajuda – um empurrãozinho – para começar a pedalar. Muitas delas até chegam a emocionar e que, confessamos, dá uma mega energia para continuar buscando uma mudança na cultura de bicicleta nas grandes cidades do Brasil, trazendo orientações e dicas para um trânsito mais pacífico e humano.
Entre os primeiros pedidos de Bike Anjo que recebemos, veio a do Anderson Araujo. Ele queria simplesmente uma recomendação de rota segura para ir de bike de casa até o trabalho. Era um trajeto longo, de quase 25 km, mas que conseguimos atender com uma rota bem bacana e que ele ficou muito impressionado como temos opções de ruas alternativas e tranquilas para bicicleta em maioria dos casos para a cidade São Paulo.
Desse simples pedido surgiram alguns eventos muito legais na história de Anderson:
1) Acabamos recebendo outro pedido de uma moça com um trajeto parecido do Anderson e ele acabou tendo a proposta de ser um Bike Anjo também! E é exatamente isso que buscamos quando atendemos um pedido – que as pessoas sejam multiplicadoras, divulguem a ideia da bicicleta como meio de transporte no seu trabalho, entre amigos e familiares, pelo menos para que tenhamos uma mobilidade mais sustentável.
2) Logo quando trocavamos mensagens com o Anderson ele nos veio dizendo que o prédio empresarial onde trabalhava não tinha bicicletário. Anderson foi um agente de mudança e correu atrás da administração do prédio para solicitar um bicicletário. Com muita divulgação nas redes sociais e paciência, finalmente a administração do prédio respondeu que já está com o projeto de instalação de um bicicletário sendo executado! Parabéns Anderson por essa empreitada! Agora é acompanhar e cobrar…
E para complementar estas e várias outras histórias, o Anderson nos mandou um relato que colocou em seu blog para falar de sua experiência com a bicicleta e com o Bike Anjo. Confiram:
Sobre adolescência, bicicleta e afins
Comprei minha primeira bicicleta aos 14 anos. Me lembro bem. Tinha parado de jogar basquete, coisa que eu adorava fazer, para começar a trabalhar. Precisava trabalhar. No segundo mês de trabalho, peguei meu pagamento, fui até as Lojas Pernambucanas de minha cidade, e comprei minha primeira bicicleta. Uma Sundown azul com peças Shimano. Era uma bicicleta muito boa. Paguei a entrada e dividi o restante em 3 vezes no crediário da minha mãe.
A experiência ainda rendeu uma participação em uma reportagem da RedeTV sobre a bicicleta como meio de transporte (aqui).
Não sei se conseguirei ir trabalhar de bicicleta todo dia. Talvez umas 2 ou 3 vezes na semana. Mas o mais importante é que o primeiro passo foi dado. E disso eu me orgulho.