No dia 19 de abril aconteceu uma ação educativa na ciclovia compartilhada da Avenida Sumaré, em São Paulo, que fez parte do Fundo Local Bike Anjo. Esta via tem um histórico polêmico, pois inicialmente foi inaugurada como ciclovia em 1996, com cerca de 2,5 km. Porém, em 2012 atendendo aos inúmeros pedidos de moradores, para que a área fosse transformada em passeio, a subprefeitura da Lapa reformou a via e a caracterizou como área de pedestres. Somente em agosto de 2014 que a área foi definida como “circulação compartilhada” entre pedestres e ciclistas, pela CET (Vadebike, 2016).
A ciclovia compartilhada já possui seus desafios intrínsecos de convivência entre pedestre e ciclista em uma única via e, em especial, a da Sumaré tem este histórico onde o pedestre tem a sensação de “ter perdido” um espaço, o que acirra está disputa do local.
A ação foi destinada aos ciclistas e não-ciclistas, pois entendemos que ambos podem fazer sua parte para melhorar a convivência. De forma geral, foi observado um convívio harmonioso entre os pedestres e ciclistas, entretanto, ainda que seja uma pequena parcela, muitos ciclistas exageram na velocidade colocando o pedestre em risco. Além disso, muitos não fazem uso de equipamento sonoro, o que auxiliaria para alertar os transeuntes.
A ação foi parabenizada por muitos usuários da via e acreditamos ter alcançado o objetivo sobre a conscientização de compartilhar uma ciclovia.
A verdade é que se almejamos uma cidade sustentável, democrática e inteligente precisamos compartilhar lugares e priorizar os transportes não motorizados e o pedestre, por isso, quando necessário, as ciclovias compartilhadas são ótimas opções, se utilizadas com bem senso e educação.
O pedestre é sempre prioridade, o ciclista precisa alerta-lo e diminuir a velocidade. Em contrapartida, o pedestre precisa estar atento e não fechar a ciclovia. Se cada um fizer a sua parte, com bom senso a ciclovia compartilhada é sucesso!
Por: Fernanda Bardelli, Bike Anja São Paulo