Bike Anjas
Andar de bicicleta é uma delícia! Muita gente começa devagar, explorando parques e áreas de lazer, passa para ciclovias e ciclofaixas e quando vê, pronto! Quer adotar a bicicleta para cada vez mais momentos no dia a dia.
Mas, infelizmente, o trânsito pesado de algumas cidades ainda desencoraja bikers inexperientes. A melhor dica nesse caso é: procure um bike anjo!
Mas além dessa, tem algumas outras que podem te ajudar – e muito – a tornar o pedal mais seguro e confortável.
Nós, da Bike Anjas, separamos dez. Olha só:
1) Ocupe a rua
Seu primeiro instinto é ir ali pro meio fio para não “atrapalhar” carros? Talvez essa não seja a melhor solução. Transitar no meio da faixa e ocupar o espaço que um carro ocuparia até facilita a vida dos motoristas! Assim eles conseguem te enxergar melhor e sabem que podem te ultrapassar ocupando a outra faixa, ao invés de ambos terem que se espremer para ficar lado a lado.
Além disso, é muito mais seguro para você, que ganha mais espaço para “manobrar”. Pense, por exemplo, num buraco. Pedalando no meio fio, você não tem muito espaço para desviar em segurança. No meio da faixa, tem espaço dos dois lados para responder com mais rapidez aos obstáculos.
2) Use luzes
Com elas, os motoristas conseguem te ver melhor, especialmente a noite.
A vermelha fica sempre atrás e a branca na frente. Não tente inverter. Os motoristas já estão acostumados com essa sequência nos carros e trocar pode confundi-los. Eles não saberão se você está indo ou voltando, em que direção pedala, e isso é perigoso para você e para eles.
Acessórios como colete com refletores também ajudam muito.
3) Contato visual, calma e simpatia.
Tem medo de ônibus e outros atores do trânsito? Não se esqueça que atrás do volante tem pessoas também. Por isso, converse, sinalize bem tudo o que vai fazer, se precisar parar em algum ponto agradeça o motorista que vai te esperar passar…
É aquela velha história: conversando, a gente se entende.
4) Alivie o peso das costas
Tem muitas opções para carregar coisas quando você anda de bike.
Uma delas é ideal para quem precisa carregar um pouco mais de peso: use um alforje! Esse acessório é como se fosse uma “mochila” para sua bicicleta. Você encaixa no bagageiro e seu corpo não entra em contato com ele.
Colocar o peso na parte de trás mantém a bike estável (ao contrário da cestinha) e não prejudica seu corpo (ao contrário da mochila).
5) Kit primeiros socorros de bike
Tem algumas coisas que são bem leves e que vão te tirar do sufoco no caso de probleminhas comuns das bikes. Um exemplo? As chaves multiuso, que parecem um canivete. Outra coisa interessante é ter um “kit remendo”, facilmente encontrado em bicicletarias (serve para dar aquele jeito no pneu furado). Andar com uma câmara extra também pode ser uma boa ideia. Não precisa gastar uma grana de uma vez só. Monte esse kit aos poucos, pensando no tamanho de seus trajetos.
6) Prenda direitinho
Ladrões são espertos demais! E eles têm várias técnicas para levar sua bike estacionada. Mas nós também podemos adotar métodos para dificultar esse trabalho, misturando mais de um tipo de tranca, inclusive.
Outra dica é procurar estruturas fechadas e bem presas ao solo, tipo paraciclos. Essas são bem mais seguras que postes ou outros pontos que não são bem fixados no chão.
7) Cuide da saúde
Faça alongamento antes do pedal, pegue leve nos primeiros minutos para aquecer, beba água antes mesmo de sentir sede e invista num protetor solar.
8) Peça ajuda
Antes de partir para a experiência solo, convide amigas e amigos bikers experientes para te acompanharem em seu percurso no início. Eles vão te dar muitas dicas e ajudar a ganhar segurança e confiança.
9) Pratique aos domingos
Uma ótima ideia é aproveitar o baixo movimento dos carros para conhecer melhor seus trajetos antes de pegar a hora do rush!
10) Misture os modais
Outra ideia é combinar o pedal com metrô e trem, por exemplo, para encurtar as distâncias. Cada cidade tem uma regra específica para o transporte de bikes na rede pública, então confira a sua antes de sair de casa.
Lilis Sobral
Paulistana, são-paulina e jornalista nas horas vagas e não-vagas. Ainda dando as primeiras pedaladas, mas já feliz de descobrir que São Paulo fica mais divertida (e amigável) em cima de duas rodas.
