“Advertência: há o risco de não conseguirmos colocar em palavras tudo que a Cicletada de las Niñas representou para nós 💜

A atividade #cicletadadelasniñas, iniciativa das nossas hermanas chilenas @ciclistassueltas e @viajosola, convocou mulheres de toda a América Latina para sair às ruas no domingo (20/10), pedalar de maneira descontraída e ocupar o espaço público que também é nosso por direito.

Aqui em CG, Elas nos Planos, comissão de gênero do Bici nos Planos, e Bike Anjas Campão tivemos a imensa satisfação de realizar a cicletada, fazendo parte de um pedacinho dessa construção das mulheres latino-americanas que pedalam e dando o pontapé inicial dessa construção aqui na nossa cidade.

Fizemos plaquinhas pras nossas bicis, tivemos trocas sobre dificuldades e enfrentamento do machismo, demos dicas de conforto pra pedalar, enchemos a pancinha, ocupamos as ruas com nossas magrelas e, em apoio às nossas hermanas chilenas, que tiveram que cancelar o evento por causa das manifestações e da brutalidade do governo, levamos uma bandeira Chile.

Atividades dessa natureza não só alimentam nossa alma de ativistas, mas também engrandecem nosso ser. Ouvir, sentir, olhar, sentar em roda, trocar experiências, comer uma fruta, ter um dedo de prosa, ocupar a rua de bicicleta com outras mulheres fazem perceber o quanto precisamos nos unir e segurar o guidão umas das outras. Quando nós mulheres (cis ou não) nos reunimos, toda uma estrutura social também se movimenta. Mulheres pedalando é um ato político!

Às manas que compareceram: “para a garota em chamas. Obrigada por me inspirar a delicadamente inflamar o mundo. Você pode ter um vestido de fogo, mas esse mesmo fogo corre em minhas veias”. (Amanda Lovelace, As bruxas não vão para a fogueira neste livro).”