O 5º Fundo Local da Bike Anjo foi concluído em 2021 com a realização de 5 projetos de articulações locais, adaptados para a realização durante a pandemia, respeiando as normas de segurança e saúde determinada pelas autoridades.
Conheça os projetos e os resultados:
BALANÇA MAS NÃO CAI
O projeto criou paraciclos para as bicis da Bike Anjo Campina Grande, que passaram por manutenção e outras atividades. Confira o relatório do projeto produzido com muito carinho pela equipe de voluntáries.
CARTILHA VIRTUAL DE BIKE AO TRABALHO
O voluntário William Santos, de São Paulo, estava disposto a incentivar as pessoas a irem trabalhar utilizando a bicicleta, o que se tornou ainda mais importante para a saúde e resiliência de cidades no enfrentamento da pandemia do COVID. O projeto aprovado para palestras em empresas entrou na campanha De Bike Ao Trabalho, transformado em uma cartilha digital com dicas e informações para trabalhador@s e empresas, distribuída nas 5 regiões do país por articuladores da rede Bike Anjo.
A cartilha está disponível gratuitamente para download, e tem como objetivo incentivar e apoiar pessoas e empresas a experimentarem os benefícios individuais e coletivos de usar a bicicleta como meio de transporte.
BIKE E ARTE PARA ELAS
O projeto foi adaptado para apoiar mulheres que pedalam. Confira o relato enviado pela articulação das anjas:
Em março de 2020 o mundo todo precisou rever seus planos. Por aqui, tínhamos muitas programações em vista: Belém receberia a 7ª edição do Bicicultura em 2020 e o Pedala, Mana!, as Bike Anjas de Belém, iria promover uma oficina de construção de zines para registrar nessa pequena revista de recortes, um pouco da história do coletivo além de orientações para um modo de pedalar seguro.
Porém, o evento que seria possível graças aos fundos do Fundo Local, precisou ser cancelado junto com todos os eventos presenciais da Rede Bike Anjo em todo o Brasil. O advento da pandemia de COVID-19 nos fez adaptar a ideia inicial para outra outra ação, que também contemplasse as mulheres ciclistas de Belém.
Em agosto de 2020, finalmente conseguimos viabilizar o projeto: o que seria um evento para 40 pessoas, transformou-se em uma ação de distribuição de 200 kits contendo máscaras e álcool em gel, itens que se tornaram essenciais na rotina desse ano pandêmico, com apenas 10 anjas. Porém, não perdemos a alegria de estarmos juntas e contribuir de alguma forma naquele cenário de medos e incertezas onde só a prevenção tem vez!
A ação foi dividida em dois pontos da cidade, com algumas manas na Feira do Guamá e outras representantes em Águas Lindas, bairro de Ananindeua, cidade da região metropolitana de Belém. Os locais de distribuição não foram escolhidos à toa: tanto o bairro do Guamá, o mais populoso de Belém, quanto Águas Lindas, concentram população periférica e alto número de mulheres donas de casa que tem na bicicleta um dos principais meios de transporte para os corres do dia a dia.
É por isso que o Pedala, Mana! existe: para apoiar mulheres ciclistas a começar ou continuar pedalando com liberdade e segurança. Nosso objetivo é ser uma rede de apoio onde essas ciclistas possam tirar dúvidas sobre modelos de bicicleta, mecânica básica e comportamento no trânsito. Porém, ao longo dos 2 anos de existência do coletivo, as reuniões semanais e conversas diárias pelo grupo do WhatsApp nos tornaram uma grande família, todas movidas pela alegria da liberdade de conquistar as ruas em duas rodas. A ação foi a forma que encontramos de estarmos juntas para continuar incentivando mulheres a adotar a ciclomobilidade, cada vez mais protegidas.
GRANDE REPORTAGEM COM LEVANTAMENTO DE MORTES E ACIDENTES DE CICLISTAS NO MUNICÍPIO DE UNAÍ-MG.
Confira o resumo da experiência com o projeto, enviado pelo anjo Bruno Rocha, da Bike Anjo Unaí-MG.
Ter sido selecionado no Fundo Local Bike Anjo #5 foi motivo de alegria porque tinha em vista um projeto bastante interessante para a comunidade ciclista de Unaí-MG buscando dados para que o movimento pelo uso da bike pudesse ser cada vez mais forte. No entanto, ao longo do caminho, o projeto foi reformulado para que fosse exequível e se tornou uma pesquisa aplicada em 10 dias e que gerou um relatório com constatações importantes acerca do uso da bike na cidade.
Depois de consolidar os resultados da pesquisa, o mais difícil em uma pesquisa é gestá-la antes da aplicação. Por isso, foi onde tive algumas dificuldades como por exemplo em ter as perguntas mais adequadas para chegar até os resultados metodológicos esperados, traçar a metodologia do fluxo do questionário evitando recorrência de perguntas e por fim, os cuidados para fazer com que a pesquisa fosse completa, mas não tão cansativa de se responder.
Aplicar a pesquisa foi mais tranquilo, pois tive a contribuição de ciclistas que ajudaram a distribuir os questionários e o resultado foi bacana pois chegamos a 50 pessoas de 20 bairros diferentes da cidade, dando a pluralidade e a descentralização necessária para que a pesquisa fosse um ponto de partida confiável para as discussões em torno do uso da bike.
Durante o processo de análise dos dados, tive a contribuição da Rede Bike Anjo por meio da Joyce e da Vivian, que foi importante para conseguir compreender que a pesquisa poderia ir além, com uma replicação no ano seguinte e assim trazer comparativos mais ideais. Apesar disso, não realizei a pesquisa no ano seguinte e o relatório apresentado considera somente a pesquisa de 2020.
Realizar o projeto foi, portanto, uma experiência muito proveitosa e marcante. Me permitiu enxergar o uso da bicicleta para além dos meus limites pessoais e percebê-la, por meio das estatísticas, ainda mais como um instrumento de melhoria da qualidade de vida da coletividade, reduzindo o estresse, as doenças advindas do sedentarismo e a poluição. Por fim, me permitiu ter contato com ciclistas que eu não conhecia e tomar noção dos microgrupos que existem e nos quais se alocam os ciclistas que pedalam pelas mesmas terras banhadas pelo Rio Preto.
MERMÃ, BORA PEDALAR!
A roda de conversa “Mulheres e Cidades: experiências em mobilidade e acessibilidade”, realizada pela Pedal das Minas São Luís como lançamento do projeto “Mermã, bora pedalar!”, que tem como objetivo acolher e educar meninas e mulheres para o uso da bicicleta na mobilidade urbana, com atividades como atendimentos individuais para ensinar a pedalar, pedais acompanhamento e oficinas virtuais e que conta com o patrocínio do Edital BikEducação – Itaú e do Fundo Local Bike Anjo.
A conversa girou em torno da importância de mulheres em toda a sua diversidade – negras, moradoras de periferia, portadoras de deficiência, LBT+ entre tantas outras – ocuparem os espaços da cidade e também os espaços políticos de tomada de decisão. Participaram do bate-papo Marcella Medeiros, advogada e idealizadora da Pedal das Minas São Luís; Ruth Costa, diretora administrativa da UCB e voluntária Bike Anjo Belém; e Cricielle Muniz, 1ª Vereadora Suplente em São Luís e membro da Executiva Nacional do PT; que foi mediada por Ruth Furtado, professora de Sociologia e Filosofia e integrante da Pedal das Minas.
A gravação, apesar dos problemas tecnicos do vídeo, está com o áudio completo disponível no youtube da Bike Anjo.
Além dessa atividade, o projeto também realizou a Oficina Virtual Bora Pedalar, segura da Bici!
Para mais informações acesse o instagram do pedal das Minas .