A bicicleta é mais do que um meio de lazer ou esporte, seu potencial como meio de transporte e mobilidade urbana diária é super importante, quando aliado a políticas de diminuição e desincentivo do uso de transportes motorizados nas cidades. Enfrentar as crises climáticas e a poluição do ar requer uma redução dos transportes motorizados, principalmente os carros particulares. O setor de transporte é um dos mais desafiadores em termos de descarbonização, devido ao uso intensivo de combustíveis fósseis e à dependência de infraestruturas com alto teor de carbono, como estradas, aeroportos e veículos. Substituir os carros por ciclismo, bicicletas elétricas e caminhadas pode ser uma forma rápida e global de reduzir as emissões de transporte.

Concentrar-se apenas em veículos elétricos não é suficiente para alcançar as metas de emissões zero, por isso, estudos recentes demonstraram que pessoas que caminham ou pedalam têm uma pegada de carbono significativamente menor em comparação com aquelas que usam transporte motorizado. E em relação à emissão de CO2 nos deslocamentos dos habitantes da cidade de SP, atualmente, em razão da troca de outros modais pela bicicleta,, os ciclistas são responsáveis por uma diminuição de 3% do CO2 emitido pelos transportes na cidade. Em termos de projeções de impacto, estimamos que as emissões de CO2 poderiam ser reduzidas em até 18% se fosse atingido o potencial ciclável, que é apenas parte dos deslocamentos na cidade.